
Sim, ela é só beleza, alegria, amor, contentamento, paixão, felicidade, vida, sorriso e nobreza... Ela é carinho, exuberância, paz, afeição e singeleza... ou talvez ela seja apenas uma flor, uma semente e um cacho de cor... azul, verde, amarelo, violeta, negro reluzente, cinza que precisa para fazer o contraste com o branco de sutileza fazendo de tudo nessa arte... Ela é uma lira, um chocalho, uma harpa, um pandeiro e um banjo... Quem sabe tudo isso junto tocando o céu aqui no chão descendo nas asas desse anjo?... O cachoeiro se joga em devaneio entre pedras e coqueiros a caminho do grande mar, um oceano em evolução, assim como ela se manifesta numa criança, o presente, o futuro e a lembrança que marca a suavidade do sonho e o relevo de um suporte tão duro... Ela é uma festa... Música, bombons e dança... É uma fada circulando de mãos dadas com as almas da gente entrelaçadas... É um espírito antigo e sábio, adormecido na inocência angélica que faz qualquer ateu senti-se crente ou a igreja psicodélica... Minha filha não é minha e nem é uma ilha que apenas se avizinha ao outro como estranho, mas é parte de um todo, um grande mundo universico e continente, num formato novo, frágil como um ovo, no entanto, muito mais do que potente... Sou tão pequeno diante da sua grandeza, mas fortalecido e blindado por sua couraça humilde e pela sua realeza।
Júlio Nessin