É por causa da época que temos que nos enquadrar
Época de sonhar e de fazer...
Época não é pocar pra desfazer
É poupar o que vem de lá no querer do sonhar
Época não é muita e nem é pouca
É a conta que teremos que acertar
Época não é pra por lá e nem pra por cá
É pra por cada coisa sana numa ciranda louca
É pau, é pedra, é pó...
Época de não ficar só
É a voz suave da mulher rouca
É portátil e é porta
A solidão está morta...
Presas no seu lençol ela fica solta
Júlio Nessin
Publicado no Recanto das Letras em 11/09/2008
Código do texto: T1172411