quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Era uma vez uma época


É por causa da época que temos que nos enquadrar
Época de sonhar e de fazer...
Época não é pocar pra desfazer
É poupar o que vem de lá no querer do sonhar

Época não é muita e nem é pouca
É a conta que teremos que acertar
Época não é pra por lá e nem pra por cá
É pra por cada coisa sana numa ciranda louca

É pau, é pedra, é pó...
Época de não ficar só
É a voz suave da mulher rouca

É portátil e é porta
A solidão está morta...
Presas no seu lençol ela fica solta

Júlio Nessin
Publicado no Recanto das Letras em 11/09/2008
Código do texto: T1172411